Juiz de Fora / MG - domingo, 28 de abril de 2024

Gravidez

Sintomas Precoces de Gravidez

 

O sintoma mais conhecido da gravidez é o atraso menstrual, mas outros podem ser percebidos precocemente depois da concepção. Eles diferem de mulher para mulher e de gravidez para gravidez em uma mesma mulher. Algumas sentem-os já na primeira semana após a concepção, outras somente semanas depois ou nem os percebem.

Caso você tenha vida sexual ativa e apresente alguns dos sintomas abaixo, pode ser interessante fazer um teste de gravidez. Mas não se esqueça de que mesmo apresentando muitos desses sintomas você pode não estar grávida.

Consulte sempre um médico para orientá-la melhor.

  • Sangramento de implantação:
    Este pode ser o sinal mais precoce de gravidez. De 6 a 12 dias após a concepção o embrião se implanta na parede uterina, o que pode provocar um pequeno sangramento conhecido como “sangramento de implantação”. Ele normalmente ocorre um pouco mais cedo do que o dia em que ocorreria a menstruação, é mais escasso e claro do que uma menstruação normal e tem curta duração.Algumas mulheres podem sentir cólicas como se fossem menstruar.Outras possibilidades: menstruação, alterações no ciclo menstrual, mudança de pílula anticoncepcional, infecção ou pequena erosão da mucosa da vagina causada por relação sexual.

 

  • Edema/Inchaço e maior sensibilidade nas mamas:
    Começa geralmente na primeira ou segunda semanas depois da concepção. As mulheres percebem mudanças em suas mamas, como maior sensibilidade ou dor à palpação, sensação de peso ou mamas latejantes.Para muitas mulheres a sensibilidade e dor nos seios é o primeiro sinal de gravidez.  O aumento do tamanho dos seios devido à ação de hormônios é um sinal positivo de que está havendo uma preparação para a amamentação. Poderá ser notado o escurecimento dos mamilos e o aumento do seu diâmetro.Outras possibilidades: desequilíbrios hormonais, uso de pílulas anticoncepcionais, sintoma de tensão pré-menstrual (TPM).

 

  • Fadiga/cansaço:
    Sentir-se mais cansada ou sonolenta pode ser um sintoma presente já na primeira semana da concepção, devido ao aumento nos níveis de progesterona durante a gestação.Outras possibilidades: estresse, exaustão, depressão, resfriado ou gripe, sobrecarga física ou mental.

 

  • Atraso menstrual:
    O atraso menstrual é o sintoma mais comum da gravidez, ele geralmente é o que leva uma mulher a fazer um teste de gravidez. Entretanto muitas mulheres podem sangrar enquanto grávidas, mas tipicamente o sangramento tem menor volume e menor duração do que a menstruação habitual e deve ser sempre relatado ao obstetra que a acompanha.Outras possibilidades: perda ou ganho excessivo de peso, fadiga, alterações hormonais, tensão, estresse, interrupção no uso de pílulas anticoncepcionais ou amamentação.

 

  • Náuseas e enjôos matinais:
    Este sintoma geralmente aparece após 2 a 8 semanas da concepção. Algumas mulheres não apresentam náuseas ou enjôos matinais durante a gravidez, enquanto outras não deixam de sentir mesmo após os primeiros três meses de gestação. Eles podem estar presentes durante toda a gravidez, sendo mais comuns no primeiro trimestre. São mais frequentes pela manhã, mas podem ocorrer a qualquer hora do dia.Cerca de 60-80% das mulheres têm estes sintomas, umas de forma mais intensa que outras. As mulheres que passam por esta experiência têm menos chance de ter um aborto natural.O olfato mais apurado e alguns odores como frituras, perfumes, fumaça de cigarro podem causar enjôos repentinos.Outras possibilidades:alergias alimentares, estresse, doenças do trato gastrointestinal.

 

  • Dores nas costas/dor lombar:
    Dores lombares podem ocorrer precocemente na gravidez, entretanto são mais comuns no terceiro trimestre. Algumas mulheres apresentam dor lombar durante toda a gravidez. Outras possibilidades: sintoma de TPM, estresse, problemas na coluna, desgaste físico ou mental.

 

  • Dor de cabeça/cefaléia:
    As alterações hormonais da gravidez e o aumento da circulação sanguínea podem predispor a dores de cabeça durante a gestação.Outras possibilidades: desidratação, excesso de cafeína, sintoma de TPM, problemas de visão e outras doenças podem levar às dores de cabeça.

 

  • Aumento da frequência urinária:
    Por volta de 6 a 8 semanas depois da concepção a gestante pode sentir vontade de urinar com mais frequência que o habitual devido ao crescimento do útero além da cavidade pélvica.Outras possibilidades: diabetes, infecção urinária, excesso de alimentos diuréticos como as frutas cítricas e uso de medicamentos diuréticos.

  • Aumento da circunferência abdominal:
    Até seis semanas o útero ainda está na cavidade pélvica. Após este período, os órgãos do abdome vão “subindo” conforme o útero vai crescendo. A partir daí, a barriga fica mais protuberante e pode ser observada. Em uma segunda gestação, pode haver um crescimento mais precoce da barriga, pelo relaxamento muscular. Outras possibilidades: infecção do trato urinário, diabetes, aumento da ingestão de líquidos, uso de diuréticos.

 

  • Aversão ou desejos por certos alimentos:
    Gestantes podem ter aversão por alguns alimentos e outras podem apresentar desejo de comer certos tipos de alimentos, principalmente no primeiro trimestre da gestação, quando as alterações hormonais são mais acentuadas.Outras possibilidades: dietas não balanceadas, falta de algum nutriente no organismo, estresse, depressão, TPM, ansiedade.

 

  • Variações do humor:
    As alterações hormonais podem deixar as grávidas sensíveis e chorosas, principalmente no início da gravidez. Além das características físicas, podemos pensar também que essas alterações de humor são um esforço da gestante para se adaptar a uma nova realidade de vida que acarreta novas funções, responsabilidades e aprendizagens.Outras possibilidades: estresse, sintoma de TPM, problemas psicológicos.

 

  • Tonturas e desmaios:
    As veias ficam dilatadas na gravidez e a pressão sanguínea pode cair, causando tonturas. Às vezes, no início da gravidez, os níveis de açúcar no sangue podem diminuir e levar a desmaios. Este é um sintoma raro.


Caso você apresente alguns dos sintomas acima, o próximo passo é realizar um exame de gravidez. Um teste rápido de urina ou um exame de sangue conhecido como beta-HCG pode confirmar ou não a presença de uma gestação.

Quanto mais cedo sua gravidez for confirmada, mais cedo você poderá fazer o pré-natal.


Fontes:
National Institutes of Health
American Pregnancy

 

 

 

Dieta para gestantes

Dieta saudável na gravidez: conheça os alimentos que devem ser consumidos e os que devem ser evitados durante a gravidez

 

Com o objetivo de orientar as futuras mães sobre uma gravidez saudável e os cuidados que devem ser tomados desde o planejamento da gravidez até o nascimento do bebê, a March of Dimes, uma instituição que trabalha para que toda gravidez seja bem planejada e bem-sucedida, evitando o nascimento prematuro de bebês, publicou conselhos nutricionais baseados em evidências científicas. Segue o resumo dessas recomendações.

 

Orientações sobre ganho de peso durante a gestação

O ganho excessivo de peso na gravidez não só torna mais difícil perder o excedente após o nascimento, como também aumenta os riscos da mãe desenvolver diabetes gestacional, ter aumentos da pressão sangüínea (o que pode levar à pré-eclampsia), precisar fazer uma cesariana e sofrer infecção pós-parto. Para o bebê, o excesso de ganho de peso da mãe aumenta o risco de defeitos de tubo neural, trauma ao nascimento e morte fetal.

Mulheres com peso normal devem ganhar entre 11 e 16 kg durante os 9 meses de gravidez; mulheres acima do peso, de 7 a 11 kg; mulheres abaixo do peso, entre 12 e 18 kg. Uma grávida de gêmeos pode ganhar um pouco mais de peso, sempre com orientação médica.

 

Como deve ser uma dieta saudável para as grávidas?

A dieta saudável de uma grávida segue os mesmos princípios básicos da dieta de um adulto normal. Ela necessita de apenas mais 300 calorias por dia para nutrir adequadamente o bebê que está carregando, desde que venham de alimentos nutritivos. Portanto, o cardápio deve contar com:

       Grãos integrais - arroz integral, pão integral, macarrão integral, granola ou aveia integral: 6 a 11 porções por dia.

       Derivados do leite - leite desnatado, iogurte ou queijo: 3 a 4 porções por dia.

       Proteínas - carne vermelha, frango, peixe, feijão, soja, nozes ou ovos: 3 porções por dia.

       Vegetais - brócolis, cenoura, vagem, tomate, couve-flor ou beterraba: 3 a 5 porções por dia.

       Frutas - laranja, banana, pêra, mamão, melão, melancia, uva, manga ou maçã: 2 a 4 porções por dia.

Exemplos do que é uma porção: uma fatia de pão, meia xícara de arroz ou macarrão, uma xícara de cereais, uma xícara de leite ou iogurte, dois cubos de 3 cm de queijo, 55g de carne cozida, frango ou peixe, meia xícara de feijão seco, duas colheres de sopa de manteiga de amendoim, meia xícara de vegetais cozidos ou picados, uma xícara de salada verde, três quartos de xícara de suco de vegetal, uma maçã, banana ou laranja, meia xícara de frutas picadas, três quartos de xícara de suco de fruta.

 

Alimentos que devem ser evitados durante a gravidez:

       Peixe cru e moluscos, possível fonte do parasita Toxoplasma que pode causar cegueira e dano cerebral fetal.

       Peixes predatórios grandes, como peixe-espada, tubarão, cavala e atum branco (fresco ou enlatado), que pode conter níveis arriscados de mercúrio. O Departamento de Alimentos e Drogas diz para limitar o atum (branco) para 200g por semana, mas é aceitável comer até 400g de atum light, camarão, salmão, badejo e bagre.

       Carne, frango e frutos do mar crus ou mal passados: o ideal é usar um termômetro de carne e cozinhar o porco e a carne moída a 160 graus; bife, vitela e carneiro a 145; frango inteiro a 180 graus e peito de frango a 170 graus.

       Leite não pasteurizado e queijos pastosos - feta, brie, Camembert, Roquefort, queijo branco e queijo fresco, a não ser que o rótulo diga "feito com leite pasteurizado". Eles podem estar contaminados com a bactéria Listeria, que pode provocar aborto, parto prematuro, bebê natimorto ou doença fatal ao recém-nascido.

       Salsichas e frios, a não ser que sejam cozidos antes da ingestão, pois podem ter sido contaminados por Listeria depois do processamento.

       Patês, pastinhas de carne e frutos do mar defumados (a não ser cozidos antes da ingestão). Versões enlatadas são seguras.

       Ovos mexidos moles e alimentos como molhos feitos de ovos crus ou pouco cozidos. Cozinhe os ovos até que a clara e a gema estejam firmes, para evitar contaminação por Salmonella.

       Brotos crus, inclusive alfafa, trevo, rabanete e feijão-mungo.

       Chás de ervas e suplementos, pois sua segurança na gravidez não foi estudada. Alguns, como o remidamim ou grandes quantidades de camomila, podem aumentar o risco de aborto ou de parto prematuro.

       O álcool pode causar dano fetal, inclusive retardo mental e comportamento anormal. Apesar de um drinque ocasional não impor risco, nenhuma quantidade segura foi estabelecida.

       Evitar a ingestão de mais de 2 xícaras de café por dia.

 

O uso de vitaminas antes e durante a gravidez

Mulheres que estejam planejando engravidar e as que já estão grávidas devem fazer uso diário de polivitamínicos que contenham:

       Entre 0,4 a 0,6 miligramas de ácido fólico, para ajudar a prevenir defeitos de tubo neural no bebê.

       18 a 27 miligramas de ferro para prevenir a anemia, que está associada a nascimentos prematuros de bebês e baixo peso ao nascer.

       Os suplementos vitamínicos usados no pré-natal não contêm cálcio suficiente - 1.000 miligramas por dia são necessários para proteger os ossos da mulher grávida e dar ossos e dentes fortes ao bebê. Por isso, as grávidas devem ingerir quantidade suficiente de alimentos ricos em cálcio como leite, queijo e folhas verdes ou tomar um suplemento diário de cálcio.

 

Quantidade de água e atividade física durante a gravidez

Beber bastante água - cerca de 2 litros por dia - e exercitar-se regularmente também é muito importante para uma gravidez saudável e para o bem-estar da mãe e do bebê.

Mulheres grávidas podem caminhar, dançar, nadar e fazer ioga, desde que não haja nenhuma contra-indicação médica para a prática de exercícios físicos.

Atividades de alto risco como mergulho e esqui devem ser evitadas. O ideal é que toda atividade física seja orientada por um profissional de saúde responsável e com prática em acompanhar mulheres gestantes.

 

Fonte: March of Dimes